Publicado em UWC Li-Po Chun

Malas…

tumblr_ocna4w9tqq1unnnneo1_540.jpgAcho que antes de começar a esvaziar as gavetas e despejá-las para dentro das malas, pensei que todo esse processo fosse ser fácil. Pensei mal. Aliás, muito mal. Estava, mais que redondamente, enormemente (gigantemente!) errada. Pelos vistos, 23 kg de roupa não é assim tanto, quando a roupa é precisa para, pelo menos, um ano, e ainda é preciso espaço para sapatos, sapatilhas, chinelos, toalhas, lençóis e os outros essenciais que, como eu sou… bem, eu… tenho mesmo de levar. Claro que nem tudo coube. Só não chorei porque não calhou.

Há qualquer coisa de estranho em comprimir a vida em duas malas de viagem. Percebi que há determinadas coisas a que não dei o devido valor, e por outro lado, coisas a que dei demasiada importância e que, afinal, não são essenciais.

Assim, depois de devolver à gaveta a t-shirt de que gosto tanto, aquelas calças que ficam mesmo bem com aqueles sapatos e até eles (“aqueles sapatos”) terem de voltar ao armário, posso dizer que as minhas malas estão feitas! Aleluia!
14164154_1169144376493914_91122590_o.jpgDevo também dizer que, neste momento, vos escrevo do aeroporto de Frankfurt. Não pude postar antes por falta de fotografia. O que é que hei-de dizer? Queria por aqui qualquer coisa “de jeito”. Vá se lá entender… Adiante. Faltam duas horas para o meu próximo voo, esse sim para o destino final. Soei a romance histórico, não foi? Bolas.

No próximo post serei, ou antes, tentarei  ser menos românticazinha e dou-vos um update maior (e melhor).

Publicado em UWC Robert Bosch

A confusão dos últimos dias

Estes últimos dias têm sido uma confusão, escolher a roupa e outros bens essenciais e deixar tudo o que não se pode levar (uma vida inteira de memórias e roupa extra), tudo isto leva a que o nosso quarto fique uma grande confusão com tudo espalhado por todo lado. Nestes últimos 3 dias comprei as últimas coisas necessárias e ultimei tudo. Deixei tudo em montes separados e comecei a tentar meter na mala, o que foi impossível, a 12 horas do meu primeiro vôo decidi trocar de mala o que ainda se tornou uma grande confusão, no final coube tudo o que era essencial apesar do excesso de peso.

Packing

Deixando a parte física, emocionalmente não achei difícil, fiz uma despedida com os meus amigos em que tive de conter um pouco as minhas lágrimas mas lá teve de ser. Da minha família foi mais difícil pois contive-me imenso para não chorar em frente dela pois queria parecer um “menino grande”.

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Entretanto escrevo este relato durante o meu último vôo que me levará até Basileia onde terei à minha espera alguns dos meus futuros colegas que embarcaram comigo esta jornada. Contatei o resto da minha aventura quando chegar ao Colégio e comece tudo.

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Felicidades,
Gabriel – UWC Robert Bosch College, Alemanha (2016-2018)

Publicado em UWC Li-Po Chun

Boa viagem e até já!

Já chegou a altura em que os meus queridos co-years portugueses partem para os colégios onde irão estudar durante os próximos dois anos e, escusado será dizer, tem sido difícil gerir as emoções. Se, por um lado, estamos ansiosos, preocupados e (claro, um bocadinho) relutantes por partir para o desconhecido, por outro sentimos o coração cheio de entusiasmo, de esperança e, da minha parte, sobretudo de vontade de ir atrás da aventura.

A verdade é que oportunidades destas não aparecem todos os dias, nem todas as semanas, nem todos os anos. Têm aquela mania de nos sobressaltar mesmo na hora H, às vezes caem do céu meio aos trambolhões e temos de as aproveitar num piscar de olhos senão poof! foram-se!

Foi assim com esta oportunidade. E apesar de tudo o que me poderia agarrar a Portugal, a ficar por cá (dinheiro, familiares, a comida da mamã, a cidadezinha do meu coração) nada me conseguiu impedir de querer encolher a minha vida em duas malas de 23kg e mandá-las para o outro lado do mundo, comigo atrás. Tal como não impediu os meus colegas.

Aqueles que já foram (Diogo, espero que a Tailândia te trate bem! Sofs, Mimi e Johnny, Changshu vai amar-vos!) garantem que é como se estivessem em casa, embora tenham chegado há poucos dias/horas. O espírito dos UWC tem essa vantagem: somos tão UWC de coração, que, mesmo em escolas diferentes, países diferentes, (para alguns) hemisférios diferentes, não alteram o estado de Uau! Isto sou eu! que invade os novos UWCers. Mas daqui um mês, depois de lá estar, com aulas e tudo, faço uma nova avaliação do sentimento..

Vou ser (como tenho sido em quase tudo na vida, lol) a última a deixar para trás a família e os amigos. Enfio-me no avião para Hong Kong no dia 3 de setembro, sem olhar para trás, para lá chegar dia 4. Viagens internacionais são assim. Podemos adormecer num lado do mundo e acordar no outro.

Mariana
(a menos de um mês de partir para o Li Po Chun UWC, em Hong-Kong)

Publicado em UWC Changshu China

FAZER A MALA

Tu sabes que tens um problema quando tu cabes na mala, mas as tuas coisas não…

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Tudo começa muito tranquilamente, “Vou só levar o essencial” pensas.

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Mas camisola atrás de camisola, meia após meia começas-te a aperceber que tens, essencialmente, muito mais do que os 23 kg permitidos.

Começas a sentir um nervosismo miudinho, stressas um bocadinho e aí receias ter de deixar para trás aquelas calças que tanto gostas.

Fazer a mala não é necessariamente mau, apercebes-te de que muitas das coisas que tens não são tão essenciais como pensavas e que podes sobreviver durante 2 anos com muito menos do que contavas.

E é exatamente quando atinges este estado de paz contigo e com o teu guarda roupa, que (com a eventual ajuda de uns sacos de vácuos e uma dicas de arrumação dos second year) acabas por até conseguir fechar as 2 malas!

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Maria
(prestes a partir para o UWC Changshu na China)